Constatei que a influência já não está refém de um “típico” influenciador digital. A influência está cada vez mais descentralizada, porque todos nós podemos influenciar e criar conteúdo relevante. Contra todas as expectativas, em 2020 consciencializei de que faço parte do novo tipo de influência.

Contra factos não há argumentos, a pandemia veio para ficar e as marcas terão mesmo de transitar para o digital. É inevitável! Mas como é notório, há quem tente comprar mas fica frustrado com o processo de compra. Se há coisa que devemos de em consideração é o sentimento que provocamos.

Ao contrário do que muitas marcas pensam, o sucesso das redes sociais não se prende apenas ao algoritmo, o sucesso das redes sociais deve-se ao facto de serem são feitas de e para pessoas. Então o que faz algumas marcas terem mais sucesso do que outras? Uma reflexão sobre o poder do storytelling e do seu herói!

Bater por amor é amar? Insultar baixinho é elogiar? Comer um doce menos calórico é comer bem? Então porque motivo acreditamos que consumir um produto menos mau é consumir bem? Esta falsa sensação vem da utópica expressão “consumo consciente”. Ela significa minimizar o impacto no planeta. Mas já pensaram que minimizar não é resolver?! Porque “Fazer menos mal não é fazer bem”.

Porque motivo continuamos a estranhar a cena do tampão na série “I may destroy you” da HBO? ou a vela “The Smells like my Vagina” de Gwyneth Paltrow? Porque motivo a Evax insiste que o sangue é limpo e azul? Com tantas manifestações sobre sexo, menstruação, vaginas, prazer pessoal e auto-cuidado, estaremos perante o fim dos tabus?

O trend topic desta semana foi a influenciadora digital Helena Coelho, como apresentadora de televisão ao lado do Ruben Rua. Para os mais distraídos, este fenómeno não é de agora! Já vimos a Pipoca mais Doce, a Mafalda Castro e até a Joana Barrios a moverem-se do digital para a caixinha mágica. Estaremos perante um novo género de influência digital?

Tudo o que menos desejo é ficar dependente do algoritmo, no entanto, após visualizar o documentário “O dilema das redes sociais” disponível na NETFLIX, percebi que já estou / estamos reféns.

A indústria da maquilhagem não será um sector tão ou mais poluente que o vestuário? Conheçam o lado negro da indústria da cosmética.

A pandemia veio acentuar os erros da indústria da moda. Stocks parados, coleções vendidas ao desbarato e cancelamentos de “novas coleções”, o conceito de sazonalidade parece obsoleto. Ainda existem tendências? Como devemos prever o futuro, se o futuro é AGORA?

Existe um sentimento generalizado que não sai da nossa memória e que se vai prolongar — O Medo. A insegurança, a incerteza e a angústia foram alguns dos sentimentos que tomaram conta das nossas vidas e são eles que estão a moldar e a acelerar novos comportamentos de compra, novos produtos e novos negócios.

As lojas físicas estão fechadas, o marketing de influência está cancelado e o interesse por produtos não essenciais à vida, deixaram de ser prioritários. Em tempos de crise, como é que as marcas devem agir? Estarão prontas para desenvolver novos formatos, atrair, inspirar e envolver a sua comunidade?

Em nome da proteção coletiva cancelamos projetos, suspendemos empresas, fechamos fronteiras e impedem-nos de sair de casa. Que lição a humanidade pode tirar de tudo isto? Pela primeira vez sinto-me uma cidadã do Mundo. O vírus é de todos. Mas será que ele veio para nos matar ou para nos salvar?

Tudo começa no design. Vejo muitas marcas desenharem produtos preocupadas com a origem das matérias, mas poucas preocupadas com a ideia do fim. Para além de reduzirem a sustentabilidade à matéria prima, elas iniciam o seu pensamento na economia circular, mas terminam na economia linear, pensada para o descarte. Por isso, gostava de vos falarmos sobre como podemos efetivamente “Desenhar para a circularidade”.

Matéria prima não é lixo, por isso hoje vemos muitas marcas a dar um grande ênfase ao uso do dead stock. Mas será que comprar dead stock é perpetuar a ideia do erro? Será o lixo um erro de design?

A By Malene Birger lançou a coleção cápsula Made With Care com a Net Sustain. A coleção teve como rosto a “influenciadora ativista” Doina Ciobanu. Em tempos de urgência climática, será o marketing de influência um possível caminho para a educação, neste tema tão complexo?

Entramos na Nova Era cheios de contradições. Enquanto parte da Austrália arde, a outra parte festeja o ano novo. Quão contraditório poderá ser isto? Vi vários posts a dizer, a “culpa somos nós”. Se nos últimos meses apontei o dedo às Zara(s), agora penso que talvez seja a Zara a solução do Mundo.