80/20 social rule
Existe uma grande desvalorização na gestão das redes sociais. A maioria dos empresários acha que basta publicar fotografias giras! wroooong!
Gerir as redes sociais não é tarefa fácil. Tudo é calculado com precisão, de forma estratégica e medida. As redes sociais surgiram com o propósito de ‘entreter’, por isso fomos consumindo produtos no facebook e instagram de forma descomprometida. Aceitámos melhor um produto sugerido na comunidade, do que numa loja física. Se ligarmos este propósito à regra de ouro 80/20, iremos ser bem sucedidos. Conheces? Lê este livro.
O Princípio de Pareto, mais conhecido por 80/20, indica que 80% dos resultados que obtemos provêm de 20% dos nossos esforços. Aplica esta regra às tuas redes sociais! 20% das tuas publicações deverão ser de venda direta, promoção do negócio e os restantes 80% deverão ser de engagement, entretenimento e informação. Isto evita que as pessoas fiquem entediadas com as promoções da tua marca. A Mansur Gavriel sempre foi genial nisto.
Hoje fala-se tanto sobre pagar para estar online, que nos esquecemos do que realmente importa. Se a taxa de esforço é entreter e inspirar é normal que um dos maiores e difíceis investimentos em marketing seja a mão-de-obra criativa. Quando se é uma empresa em crescimento, muitas vezes começamos com uma equipa pequena (tu) e um orçamento igualmente pequeno. Apesar de não ser uma autoridade neste assunto, todas as marcas querem ter 10K no instagram e a maioria das vezes não tem dinheiro. Por esse motivo, reuni 14 dicas de como podes gerir as redes sociais sem gastar dinheiro.
1 — Nada funciona se as fundações das marcas não forem fortes.
Define a imagem visual, o estilo e o tom de voz da tua marca. Muitas empresas pequenas não têm recursos para desenvolver conteúdo de marca, mas mesmo com muito dinheiro, nenhuma estratégia irá funcionar sem estabeleceres primeiro algumas diretrizes:
Como é visualmente a tua marca?
Qual é o estilo da tua marca?
Qual é a o tom de voz ?
És Dramático ? Divertido ? Educativo? Molda o teu tom e adequa ao contexto da tua marca. Reserva algum tempo para responderes a estas perguntas e, depois antes de publicares, garante que te estás a guiar pelo ADN definido.
2 — Escolhe a plataforma certa
Todos querem estar no instagram, mas calma! O teu público está lá? Usa as plataformas que funcionam melhor para o teu público. Não necessitas de estar em todas, tens é de estar nas certas.
3 — Sê regular nas tuas publicações.
Tenta publicar uma a três vez por semana (mínimo) nas tuas plataformas de social media. Quanto mais regular fores nas publicações, mais confiável a tua marca será. Quanto mais ativo, mais os seguidores se envolverão.
4 — Faz um plano de ações e programa as publicações com antecedência. Assim quando surgirem outras oportunidades, podes ajustar o teu calendário de acordo com o necessário. Isto tem de estar coordenado com o teu modelo de negócio, falo disso aqui!
5 — Usa e abusa do smartphone, a verticalidade da web.
Inevitavelmente, os smartphones tornaram-se omnipresentes e começaram a governar as nossas vidas. O Snapchat trouxe a verticalidade da imagem e praticamente fez desaparecer o formato horizontal. Investe num equipamento de vídeo simples. Usa o vídeo sempre que puderes e auxilia-te da aplicação certa! A taxa de conversão é muito maior. Um estudo releva que metade das apps criadas nos últimos anos são dedicadas à edição de vídeo. Mesmo que queiras contratar profissionais da área, para além dos custos, a perfeição neste caso é inimiga! há muita coisa que podes fazer internamente na empresa sem incluir profissionais, o lado raw da coisa é mais apetecível, é mais autêntico. Mostra o work In progress na vertical e publica nos stories! Os clientes adoram! Fica a dúvida, qual será o papel do youtube nesta mudança, uma vez que ainda depende muito do formato horizontal!? (talvez conversa para um novo artigo certo @luiscfigueiredo ?)
6 — Repensa as tuas legendas.
Primeiro de tudo, é super importante desenvolver um tom de voz da marca (referido no item 2) no qual as legendas são o veículo. Segundo, se a tua mensagem não transmitir algo impactante nesse espaço de texto, perderás a oportunidade de te conectares com o teu público. E provavelmente não estás a alcançar o teu potencial de engagement. Terceiro, se o visual da tua marca é de alta qualidade e impactante, o teu público vai parar para descobrir mais, e vão olhar para a tua legenda. É aí, que terás oportunidade de te ligares ao público, fazê-lo parar e quiçá interagir.
7 — Faz perguntas! Fazer uma pergunta, leva os seguidores a deixar uma resposta.
Quanto mais tempo o teu publico estiver na tua publicação, maior será a classificação no algoritmo, isto é: a métrica referente ao tempo de permanência. Se a tua legenda for longa o suficiente, conseguirás criar uma pausa mais longa. Por isso usa uma frase “XARAM”para deixares as pessoas mais tempo na tua publicação. O mesmo acontece com os vídeos, “publicar videos agarra mais as pessoas à publicação” já dizia a Luisa Pedroso :-).
8 — Mais do que seguidores, o importante é a ligação que estabeleces com o teu público!
A chamada taxa de “conversão”. Por isso, quando o teu púbico escreve um comentário, é um “engagement extra”. O envolvimento com os outros é super importante, por isso implementa o marketing BFF, lembras-te? relembra no artigo Like a Boss!
9 — Usa todas as funcionalidades.
Não te esqueças que o instagram é uma ferramenta visual que foi criado em torno da ideia de comunidade, por isso ele recompensa as contas que fazem uso das ferramentas todas do aplicativo. A lógica é simples, eles querem manter os utilizadores na aplicação o máximo possível pelo maior tempo possível. Por isso integrares as funcionalidades que o Instagram coloca à tua disposição é uma maneira inteligente de impulsionar o algoritmo a teu favor. Usa #Hashtags, localização, identifica @pessoas nas imagens e @referencia, usa o instagram Live e o teu stories com regularidade.
Se marcares um local numa publicação normal, estás a dar a hipótese de seres descoberto nesse mesmo local.
Se usares um #hashtag de nicho, provavelmente, serás visto por alguém dessa mesma comunidade. Cria #hashtags únicos para a tua marca, existe uma probabilidade alta de outras pessoas as começarem a seguir. A Revolve é muito forte nestas ações, marcou figuras públicas, permitindo que elas fossem descobertas pelos seus fãs que as seguem religiosamente. Os fãs pesquisam tudo o que as @menciona. Vê o tópico 12!
Nos stories uma tag de localização também, é uma ferramenta de descoberta, já que os locais têm também as suas próprias stories!
10 — Analisa e interage com a tua comunidade.
As pessoas que estão ligadas à tua marca, estão ligadas a ti por algum motivo. Têm de certa forma um afeto à tua pessoa, ao teu negócio ou ao teu imaginário. Então elas são um “agente passivo” do teu negócio. Uma das coisas mais importantes é humanizar a tua empresa. Os meus clientes com maior sucesso, são os mais humanos e verdadeiros. Mesmo que muitas vezes, de forma inexperiente, eles conseguem com que os seus seguidores se sintam especiais, consequentemente criam a sua lealdade.
11 — Larga o telemóvel e vai conviver.
Não te limites à rede. Lembra-te de que as conexões do mundo real também podem traduzir-se em alguns dos teus maiores fãs on-line. Pensa no fenómeno #maracujália da oioba! Nunca comprei um bikini da marca, não irei comprar porque não me identifico, mas as suas festas são incríveis e por me relacionar, sei falar da marca e das boas vibrações que me passa. Li noutro dia, que de acordo com o Event Marketer, 75% dos millennials gastam dinheiro em experiências, 80% foram a eventos ao vivo o ano passado e 72% dizem que compram produtos de uma determinada marca, porque viram numa publicação nas redes sociais de um amigo num evento.
12 — Conteúdo reaproveitado, o fenómeno UGC
É certo e sabido que as marcas usam os conteúdos dos seus seguidores, o chamado UGC - user generated content. Criar um #hashtag personalizada e incentiva o teu público a marcar a tua marca, este #hashtag faz com que o teu público se sinta amado e, ao mesmo tempo, aumenta a tua exposição no mercado, convertendo novos seguidores. Pensa no hashtag #girlboss ou #cincopeople é um fenómeno. A By Malene Birger já apresenta produtos ao mercado, por via das suas influencers. Sim, já não é a marca que cria o conteúdo, é a comunidade que o faz.
Uma das formas de criar conteúdo é re-aproveitar o conteúdo de outros Instagrammers, mesmo que ele não te tenha identificado ou feito um tag. Por isso, usa e abusa do #regram. A maioria dos utilizadores fica lisonjeado com a publicação e pode inclusive fazer @repost. Não te esqueças de dar o crédito devido.
13 — Sê pessoal, evita o copy / paste.
As pessoas querem informações privilegiadas sobre esse mundo aspiracional, não apenas olhar para o que está na superfície. Eles querem falar de igual para igual, com interações genuínas de forma a que se sintam valorizadas. É por isso que ser excessivamente corporativo tende a falhar. Quanto mais te envolves genuinamente com os membros da tua comunidade, mais eles provavelmente retornarão o favor ou partilhem a tua conta. Faz perguntas nas legendas e responde aos comentários no seu feed. Outra regra de ouro é entrar em contato com outras publicações ou envia mensagem privadas, evitando o copy / paste. Para além de impessoal, a isso chama-se spam, e isso vai fazer com que a pessoa não se sinta especial.
14 — Voyeurismo
Se a regra é inspirar, as pessoas já não querem saber dos produtos ou serviços. Não te esqueças do 80 / 20! as pessoas são tão assediadas com tantos produtos que é urgente envolve-las mais e mais. Uma das estratégias é dar-lhes a conhecer o que acontece em redor da marca. Visitas à fábrica, fazer co-criação de um produto, dar-lhes voz é uma estratégia recorrente. Imagens de vídeo cruas têm hoje em dia mais impacto do que um video bem editado. Ou seja, cria buzz com uma fotografia do backstage das tuas sessões fotográficas, ou da construção de um produto, a escolha dos materiais, há tanta coisa que podes relevar e criar interesse. A Anine Bing é muito boa, já tinha falado disto aqui, lembras-te?.
Joana