I have everything to wear.
No início do ano muitas foram as promessas para 2019. As que mais se destacaram no universo online foram “consumir menos’, ‘Deixar de ir à Zara’, ‘Consumir de forma mais inteligente”.
Temos presenciado a um boom de mercados de bloggers para “escoar” produto. O objetivo é, para além de fazer dinheiro (óbvio), reduzir o roupeiro ao essencial. Querem uma perspectiva obsessiva? Leiam ‘Arrume a sua casa e a sua vida’ ou vejam na Netflix ‘Tidying Up de Marie Kondo’ (o livro é mais fixe!). Mas afinal o que é o essencial num closet feminino ?
Se queremos consumir menos, temos de repensar a gestão do roupeiro e temos de aprender a consumir melhor (preciso tanto disto!). Por isso, é quase certo que será mais inteligente consumir peças que já entraram no ciclo de vida ou caso façamos uma aquisição, devemos adquirir um produto de melhor qualidade ou intemporal (durará mais). Quatro dicas para este novo mood:
1.Adotar o Vintage
Em vez de investirmos em peças novas, podemos investir em peças vintage. A montra viva Kim Kardashian tem deixado muitas marcas “penduradas”. A procura pela exclusividade leva Kim a usar peças que não existem no mercado para venda, disparando o consumo de peças vintage. No entanto, as marcas já perceberam que voltar a introduzir essa estética / temática irá gerar receitas. Vejamos o caso da Burberry com o Vintage check triangle bikini — ‘a print first seen in the 1960s.’; a segmentação Vintage da Farfetch ou o aparecimento de lojas como Vestiaire Collective com o propósito: “Why should so many luxury fashion pieces lie unused in our wardrobes? Could there be a way to extend the lifespan of these beautiful pieces by bringing them back into circulation?”.
Por fim, nunca esqueçamos (até porque temos de consumir menos) em alternativa à compra, temos sempre o roupeiro do irmão mais velho, mãe, avó. Todo um novo mundo de opções!
2. Denim, o melhor investimento
Sendo a indústria do “denim” uma das indústrias mais poluentes do mundo, o denim é uma peça viva e provavelmente um dos melhores investimentos de sempre. Quanto mais usado, mais valorizado fica. All right! O denim vintage está ao rubro, LA e Japão são os mais fortes no tema, descubram mais no episódio Jeans do Social Fabric da NetFlix. No entanto, se quiserem adquirir Jeans de forma mais sustentável, têm a G-star. Esta marca tem trabalhado arduamente na sustentabilidade do Denim, com o projeto GSRD foundation apresentando uma linha de ‘Jeans sustentáveis’. Neste compromisso temos também a Everlane convidando o cliente ‘Go Inside the world's cleanest denim factory’. A marca explica: os fabricantes de ‘denim normal’ desperdiçam milhares de litros de água no processo de lavagem. O compromisso da Everlane é ter um processo de lavagem em que recicla 98% de toda a água utilizada.
3. O Futuro está no aluguer
Conheci o Rent the Runway há 2 anos. Um espaço de aluguer de roupa (e agora casa) fundada por Jennifer Hyman. Ela acredita que o futuro está no aluguer, sendo uma alternativa aos players fast fashion, ela explica tudo aqui podcast. Nesta plataforma, temos o privilégio de adquirir peças de designers, consumindo menos recursos do planeta.
4. Back to Basics
Por fim e não menos importante se comprarmos, devemos comprar melhor e apostar num básico. Daí a entrada de fenómenos como a Uniqlo ou a ARKET.
Se temos de investir, podemos também fazê-lo com marcas portuguesas com bons básicos:
Joana