Brand DNA Matter!

Hoje as marcas surgem e desaparecem com tanta rapidez que o público quando as consciencializa já não as consegue consumir!

A quebra de tradições deu início do século XX, quando a sociedade começou aceitar objetos produzidos em massa, a preços acessíveis, em grandes superfícies comerciais. Hoje olhamos para a tecnologia com alguma incerteza, que apesar de avançar a um ritmo acelerado, continua a criar em nós alguma “ansiedade” - esta palavra virou trend topic! Por outro lado, surgiu também a necessidade de uma dimensão táctil e humana (afinal os livros não desapareceram e os postais nunca estiveram tão em voga).

Esta nostalgia, leva-nos a ter uma percepção de insegurança em relação ao futuro e a desejar um passado simples e estável. É aqui que o património de marca se insere com sucesso! Cada vez mais, precisamos da dimensão da identidade da marca que se baseia na sua história e na narrativa da sua longevidade.  Daí a palavra “heritage”, ser ainda uma das palavras mais usadas na comunicação das marcas que se querem diferenciar no mercado. A imagem de marca histórica é uma marca que incorpora valores e um posicionamento com base na sua herança de forma genuína e que a permite distinguir de todas as outras. Claramente um valor distintivo no mercado global.  Fica a pergunta, ‘o que seria da Chanel sem o seu Tweed? ‘

Neste sentido muitas são as perguntas da maioria dos clientes, e a pergunta de um milhão de euros é: “Como é que se constrói uma marca? “

No Fashion Makers aplicamos uma metodologia de marca que permite aprofundar o nosso conhecimento sobre o cliente e sobre o projeto em si. É uma metodologia muito engraçada, porque o cliente sem perceber está-nos a dar todos os ingredientes para criarmos aquilo que é a sua ‘identidade’. Como costumo dizer: ‘Eu não sei nada sobre o seu negócio, apenas vou traçar um caminho, para se descobrirem enquanto marca’. E não é que é isso mesmo?

Depois de uma longa conversa intimista e inspiradora com a diretora criativa de uma marca em reunião ela afirma: ‘Eu desenho de mulher para mulher’.

Eh Voilá ! foi a afirmação que despoletou todo o desenvolvimento. Passados dois anos, esta afirmação para além de ser um statement da A-line, hoje incorpora os acabamentos da marca.

Para nós a construção de uma marca é um processo, que leva meses, anos, é como um namoro. Quanto mais anos namorar, melhor irei conhecer a pessoa que temos ao nosso lado.

Para a construção da linguagem de uma marca de moda deveremos considerar 5 elementos chave:

  1. Branding — a dimensão visual, escrita, gráfica, auditiva e olfativa da marca.

  2. Matéria — a dimensão táctil da marca, através das suas texturas e padrões

  3. Cor — a paleta da marca, espelhada através da cor principal, secundária e tendência.

  4. Silhueta — a forma que define a ‘shape’ da marca.

  5. Imagem — A dimensão imagética da marca, através das campanha e editoriais.

Apesar do nosso estúdio ser especializado em Branding e Imagem de Moda, a nossa ação acaba por influenciar as outras áreas, que necessitam também de especialistas, para interpretar e transformar. O product manager tem um papel fundamental na execução do Plan Range, que irá permitir alinhar o valores definidos no ADN da marca. Este Plan Range irá dar um visão estratégica da coleção e definir quais as Key-Pieces de cada mood.

Isto irá influenciar tudo, desde a forma como iremos comercializar o produto, até à forma como iremos comunicá-lo e dispor em loja.  Certamente mais um tópico, para um novo artigo.

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